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terça-feira, 7 de junho de 2016

Leishmaniose Visceral Canina (LVC)

     A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), apesar de pouco conhecida pelos proprietários de cães, é uma doença grave e que vem se expandindo por todo Brasil.  É considerada uma zoonose (Doença transmitida do animal para o Ser Humano).
     Possui como agente etiológico o protozoário Leishmania donovani chagasi, transmitido através da picada de uma fêmea de um mosquito hematófago (alimenta-se de sangue) chamado Feblótomo, ou também apelidado de “Birigui” ou “Mosquito Palha” infectado, que está contaminado com o parasita em questão.
      Na maior parte dos casos (60%), os animais são assintomáticos. Todavia, quando apresentam manifestações clínicas, estas são variadas. Dentre elas estão: emagrecimento progressivo; aumento dos gânglios linfáticos; úlceras e descamação da derme (pele) do animal; crescimento exacerbado das unhas; anemia; atrofia muscular e sangramento nasal. A Leishmaniose Visceral Canina também acomete severamente os órgãos internos do animal, como: alterações nos rins, aumento do fígado e problemas articulares. Um cão que apresenta esses sintomas não necessariamente possui a Leishmaniose Visceral Canina, existem outras patologias com os sinais bem semelhantes.
     O diagnóstico mais utilizado para a confirmação da presença ou não da doença é o exame laboratorial parasitológico. Nesse exame, a urina do animal e o sangue irão passar por testes rigorosos, onde somente um médico veterinário irá poder fazer o laudo.
     O tratamento da LVC não é proibido. O que não pode é realizá-lo com medicamentos da linha humana. A opção do tratamento de um cão com esta doença envolve alguns pontos, como a condição clínica do paciente e a participação consciente do proprietário. Este último deve estar consciente de que a doença é crônica e incurável (sendo possível apenas a cura dos sintomas e controle da LVC), que há a necessidade de medidas de profilaxia juntamente com o tratamento e que é dispendioso.
     A prevenção mais eficiente até o momento é o combate ao vetor, impedindo sua multiplicação, por meio da aplicação de inseticidas nos locais onde se reproduzem (locais úmidos ricos em matéria orgânica). É importante também conhecer os hábitos alimentares desses mosquitos, que apresentam atividades crepusculares e no início da noite, evitando assim o encontro com este vetor (se possível evitar o encontro dos mosquitos com os cães também), fechando as portas e janelas das casas nesses horários.
Outras medidas como a aplicação de inseticidas nos animais e o uso de coleiras que contenham deltametrina (Escalibur®), substância que repele os insetos.



Mosquito flebótomo – transmissor da Leishmaniose Visceral Canina



FONTES:

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