A laminite, chamada popularmente de
"aguamento", é um processo inflamatório agudo das estruturas
sensíveis da parede do casco que resulta em claudicação (manqueira) e
deformidade permanente do casco. Possui como etiologia vários fatores, sendo a
mais importante a ingestão excessiva de grãos; outros fatores como herança
genética, idade, falta de exercícios, umidade e toxemia, também podem estar
associados ou serem causas da doença. Acomete todas as espécies de animais domésticos
que possuem cascos, sendo mais comum em eqüinos.
É
rara a ocorrência dessa afecção em bovinos, acometendo-os, especialmente, os
animais confinados, em conseqüência das condições de alimentação as quais estes
são submetidos. Esta patologia é considerada uma emergência, podendo ser leve
ou extremamente grave.
Nessa
doença, as lâminas que ligam a falange distal ao interior do casco enfraquecem. A
falange distal, então, fica solta no interior do casco. Dessa forma, ela sofre
rotação e algumas vezes até mesmo perfura a sola do casco. Isso acontece
em casos de laminite crônica. Tal ligação é composta por uma camada morta e uma
camada sensível, de modo muito semelhante à unha e o leito ungueal. A separação
acontece quando essas camadas se desconectam.
FOTO: Equino com laminite crônica
Fonte:http://doutordocavalo.com.br/fotos/fotografias/attachment/proteste-031/
A fase inicial da laminite é
conhecida como fase aguda. Nesta, o cavalo desenvolve a doença, mas a falange
distal ainda não está solta.
Fique
atento a alterações de humor do cavalo. Ele pode ficar apático e o apetite pode
ficar menor do que o normal.
O cavalo
vai tentar evitar exercícios, pois caminhar causa dor. Ele também pode ficar em
pé de um jeito diferente do normal numa tentativa de aliviar a dor. Por
exemplo, ele pode empurrar as patas dianteiras para frente para diminuir o
sofrimento.
Observe
alterações no trote, tais como não ser capaz de virar com facilidade,
principalmente em superfícies duras. Mesmo que ele pareça bem ao andar em solo
macio, a maneira como ele anda nas superfícies duras é crucial para detectar o
problema. Além disso, o cavalo pode querer trocar de uma pata para outra o
tempo todo.
O casco pode crescer de um
jeito diferente, formando anéis. Além disso, a linha branca da sola pode
crescer mais do que o normal em um anel. Você pode
notar um casco escamoso ou quebradiço nas bordas
Além disso, toque os cascos, pois eles podem ficar
quentes no primeiro estágio da doença. Se o cavalo estiver nos estágios iniciais de laminite, a
frequência cardíaca e respiratória dele pode aumentar. A frequência cardíaca pode subir de 60
para 120 batimentos por minuto, enquanto respiratória pode passar de 80 para
100 por minuto. Como a pata está dolorida, o
cavalo tenta tirar o peso dela. Uma das posições típicas é quando ele se joga para
trás, colocando a maior parte do peso na parte de trás da pata (talão). Assim,
parece que o cavalo está inclinado nessa direção. Além disso, é bem difícil
fazer com que ele se mova. Assim que ele encontrar uma posição relativamente
confortável para a pata, vai relutar em se mover para não sentir mais a dor. A
fase crônica começa no momento em que a falange se desprende do casco.
Preste atenção se o cavalo quiser
descansar. Se o cavalo quiser se deitar ou descansar com mais frequência do que
o normal, pode ser um sinal do problema. Da mesma forma, se ele se recusar a
sair do estábulo ou relutar em fazer uma caminhada, provavelmente é um
indicativo de que a laminite já atingiu a fase crônica.
A
Laminite aguda (nas primeiras 48hs, ou antes que a falange distal rote), deve
ser tratada com:
- Gelo (colocar o membro afetado 3 ou 4 vezes
ao dia);
- Fenilbutazona (analgésico com efeito antiplaquetário),
- Flunixim meglumine (efeito endotóxico),
- Ácido Acetilsalicílico (anticuagulante),
- Acepromazina (redução da hipertensão)ou a
critério de cada veterinário;
- Alimentação a base de feno, podendo entrar
com aveia com a melhora do caso;
- Antibiótico sistêmico / tópico (em alguns
casos);
- Exercício controlado;
- Cama feita de areia;
- Ferradura em forma de coração para ajudar a
evitar a rotação da falange.
A
prevenção dessa afecção é feita por meio da adoção de medidas que evitem a
ocorrência de acidose láctica, através de um apropriado esquema de adaptação
para animais que irão receber dietas com elevados níveis de concentrados e o
uso de produtos alcalinizantes na ração. Com relação aos animais que se
encontram parados a um certo tempo (eqüinos), deve-se tomar muito cuidado nos
primeiros dias de trabalho, procurando não exigir muito destes. Nos casos de
bovinos, recomenda-se evitar o confinamento de animais muito novos. Para
prevenir seu animal da laminite é importante cuidar da alimentação, evitando
oferecer grandes quantidades de milho ou sorgo, sempre solicitar o
acompanhamento veterinário, para tomar ações preventivas à laminite nos casos
de doenças, principalmente quando se tratar de doenças infecciosas, e se
tratando de cavalos de enduro ou cavalgadas não trotar ou marchar durante
períodos muito longos em pisos muito duros, como asfalto, e ao final do
trabalho colocar as mãos do seu animal em um balde com água e gelo durante 20
minutos.
FONTES:
FONTES:
http://www.hospitaldeequinos.com.br/espaco-do-criadorLer.php?ecid=89 http://www.gestaonocampo.com.br/biblioteca/o-que-e-laminite/
http://pt.wikihow.com/Reconhecer-e-Tratar-Laminite-(Aguamento)-em-Equinos
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